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03 de abril de 2020

Coronavírus: “Cuidados ao utilizar a bicicleta como meio de transporte”

pandemia do coronavírus (Covid-19) tem provocado enormes impactos ambientais, sociais, econômicos, políticos psicológicos sobre indivíduos, famílias, nações e natureza. Todos os setores sociais e todas as esferas da cultura são chamadas, neste momento, e por prazo ainda indefinido, a contribuírem para evitar a propagação da doença.

Assim, a UCB – União de Ciclistas do Brasil, para contribuir com a resolução dos problemas da pandemia, apresenta as seguintes recomendações de Cuidados ao utilizar a bicicleta como meio de transporte.


Coronavírus e a Bicicleta

A atual pandemia do novo coronavírus afeta diversos aspectos da sociedade, transformando hábitos e atitudes, tendo impacto significativo nos serviços públicos, na economia, no comércio e nas liberdades civis. Este é um novo vírus, muito contagioso e pouco conhecido. Não existe ainda vacina ou tratamento comprovado e tudo indica que todas as pessoas são suscetíveis a ele. Neste cenário, o uso da bicicleta tem tido abordagens distintas, variando conforme o desenvolvimento da pandemia. Alguns países estão incentivando seu uso, com a criação e o aumento de ciclofaixas temporárias. Em outros, onde o volume de casos de COVID-19 é grande e o método de combate à pandemia se baseou num isolamento mais rígido, até mesmo o uso da bicicleta foi restringido, principalmente para lazer e esporte, mas também para locomoção. 

No Brasil, por enquanto, não estão sendo impostas regras tão rígidas, a recomendação é de distanciamento físico, e a bicicleta tem sido utilizada  tanto pelo cidadão comum, mas também como veículo de logística para entregas de diversos tipos de produto. É uma maneira de manter o distanciamento e evitar o possível contato com superfícies contaminadas no transporte coletivo. 

Como muitos vírus, o coronavírus (SARS-CoV-2) é transmitido por gotículas de pessoas infectadas exaladas pela respiração, fala, tosse e espirro. Pesquisas indicam que ele pode sobreviver até três dias em superfícies como plástico, vidro ou metal. Estudos estão sendo realizados, mas não existe um consenso entre pesquisadores sobre a transmissão do novo coronavírus pelo ar. Apesar disso, estudo recente (ainda não publicado em jornais científicos e divulgado pela universidade onde está sendo desenvolvido) aponta que a distância mínima para evitar o contágio deve ser de 20 metros para quem pedala ao ar livre. Existem também outras pesquisas indicando a correlação entre a difusão do vírus e a poluição do ar, especialmente a presença de partículas finas (PM2,5), como as liberadas pelos motores de combustão dos veículos automotores.

Experiências em outros países demonstram a necessidade de reduzir a curva de contágio, através do distanciamento físico para que os sistemas de saúde sejam capazes de cuidar de todos os pacientes afetados pela doença. Até agora, países que obtiveram melhor controle do aumento de casos foram os que determinaram políticas rígidas de distanciamento físico, isolamento, quarentena e contenção comunitária (lockdown). 

Neste cenário, a UCB – União de Ciclistas do Brasil vem a público manifestar as seguintes recomendações:

Uso da bicicleta

Respeitar o distanciamento físico, ficar em casa o máximo possível e obedecer os protocolos de higiene são atitudes essenciais. Precisando sair, a bicicleta é uma boa alternativa de transporte. Neste momento a recomendação é não utilizar a bicicleta para lazer ou como atividade física, mesmo sozinho. Cada Estado definiu diretrizes sobre funcionamento de empresas ligadas a fabricação, comercialização e manutenção de bicicletas durante a pandemia. Mais informações AQUI

  • Ciclo-entregadores 

Um dos efeitos da pandemia foi o aumento dos pedidos de entrega, sejam compras de mercado, farmácia ou comida pronta. Na mesma proporção houve um crescimento no número de entregadores que usam a bicicleta. Para a proteção do trabalho destes ciclistas, é importante que os mesmos:

  • Tenham cuidado com a própria higiene; 
  • Façam uso de máscara, luva e álcool em gel; 
  • Evitem contatos desnecessário com clientes e fornecedores;
  • Evitem jornadas de trabalho excessivas; 
  • Reivindiquem às empresas contratantes a melhoria das condições do seu trabalho.
  • Empresas que oferecem entregas

É necessário que as empresas ofereçam condições adequadas para a realização do serviço, entre as quais:

  • Aumento da comissão por entrega;
  • Fornecimento ou pagamento de despesas com máscaras, luvas e álcool em gel;
  • Campanhas de comunicação e orientação para entregadores e clientes;
  • Aceitar apenas pedidos com entregas sem contato físico entre pessoas;
  • Oferecer apoio financeiro para entregadores que forem infectados com coronavírus durante o afastamento do trabalho; e para pessoas que sejam responsáveis pelos cuidados de parentes / familiares infectados. 
  • Bicicletas compartilhadas

Diversas cidades suspenderam os serviços de bicicletas compartilhadas no período de distanciamento social. Nas cidade em que as bicicletas compartilhadas continuam em operação, recomendamos aos seu usuários que:

  • Higienize o selim e o guidão da bicicleta com produtos recomendados pela Organização Mundial da Saúde.
  • Evite pedalar próximo a outros ciclistas, preservando a distância de 20 metros de outro ciclista.
  • Reivindique às empresas operadoras a higienização das bicicletas.

Além disso, é necessário que as empresas operadoras:

  • Mantenham ou, se necessário, melhorem as condições de manutenção dos equipamentos.
  • Executem serviços de higienização dos equipamentos do sistema. 

(30/04/2020)


O uso da bicicleta no dia a dia tem se mostrado uma solução bastante eficiente para a economia, proteção ambiental e para a saúde, principalmente no combate ao Novo Coronavírus em diversas cidades pelo mundo, pois ela evita aglomerações, algo que propicia a proliferação do COVID-19. Lembrando que a prática de exercícios físicos também pode aumentar a imunidade, além de ser um veículo de baixo custo. É versátil e facilita o acesso à cidade em situações normais ou excepcionais.

No entanto, é muito importante alguns cuidados essenciais para que esse uso seja realmente eficaz:

1 – Saia apenas em casos de extrema importância. Lembre-se que mesmo não estando no grupo de risco (acima de 60 anos, diabéticos, hipertensos, etc.) você também pode ser um transmissor do vírus;

2 – Ao sair ou voltar de qualquer deslocamento, lave as mãos com água e sabão, além de manter a higiene pessoal com banho diariamente;

3 – Sempre prefira utilizar a bicicleta na maioria de seus deslocamentos, evitando assim, o transporte público e aglomerações;

4 – Tenha preferência por utilizar sua própria bicicleta com os devidos cuidados de limpeza e manutenção;

5 – Antes ou depois de qualquer deslocamento, higienize as manoplas e selim de sua bicicleta com álcool em gel/líquido (acima de 70%)  ou use solução de água sanitária com água: 01 litro de água + 04 colheres de sopa de água sanitária, se não usar luvas, lembre-se de lavar as próprias mãos após higienizar a bicicleta;

6 – Quando for utilizar bicicletas compartilhadas, também utilize o álcool em gel (acima 70%) para higienizar selim, manoplas e as mãos antes de cada viagem, especialmente por se tratar de um equipamento público;

7 – Durante essa epidemia, evite participar ou fomentar grupos de pedais de lazer, esporte ou cicloturismo. Procure pedalar sozinho em deslocamentos essenciais e mantenha distância de 2 metros dos demais ciclistas pelo caminho;

8 – Obedeça toda a sinalização de trânsito e prefira caminhos alternativos mais tranquilos, evitando possíveis situações de risco. Nessa época, não é uma boa ter a necessidade de emergências médicas em hospitais que possam haver pessoas contaminadas com o vírus;

9 – Vai fazer uma entrega de bici ou solicitar um serviço de entrega? Organize o serviço da entrega para que seja feito sem contato (entregas em portarias ou sem acessar as dependências internas do prédio), essa atitude tem o objetivo de assegurar a segurança de clientes e entregadores;

10 – O uso de máscaras é recomendado apenas para quem está infectado ou acredita estar com o vírus. Se você suspeitar que possa estar contaminado (sintomas como tosse e febre), não utilize transporte público, entre em contato com o telefone – 136 (Ministério da Saúde) para maiores orientações, realizando todos os cuidados mencionados anteriormente.

20/03/2020

Baixar em PDF – 20/03/2020

Baixar em PDF – 30/04/2020

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