Concurso de fotografia “Imagens Cíclicas” movimenta ciclistas mostrando registros dos diversos usos da bicicleta no Brasil
Por Melissa Noguchi para Revista Bicicleta
A iniciativa foi da União de Ciclistas do Brasil – UCB. O concurso obteve mais de 140 inscrições de todas as Regiões do país.
Oportunidade de partilha da relação afetiva e política com a bicicleta. Foi com essa afirmação que Sheila Hempkemeyer, selecionada em 1º lugar na categoria Paisagem em Duas Rodas do Concurso de fotografia da União de Ciclistas do Brasil – UCB, definiu o evento idealizado pela associação. O concurso ‘Imagens Cíclicas’ foi realizado no segundo semestre de 2021. Contou com mais de 140 inscritos, e a participação de pessoas de todas as regiões do Brasil. O resultado final foi divulgado em novembro. Todas as fotos vencedoras irão compor um portfólio e o banco de imagens da UCB.
De acordo com a diretora presidenta da UCB, Ruth Costa, o primeiro concurso de fotografia da entidade teve o objetivo de divulgar cada vez mais a cultura da bicicleta por meio de ações, projetos e campanhas desenvolvidas no país. “Temos diversas situações onde é difícil ter imagens que retratam nossa identidade de forma mais diversa e com todas as singularidades que as diferentes regiões do nosso país possuem”, destacou.
Segundo a coordenadora de comunicação da UCB, Erica Telles, em 2018 houve uma experiência interna com associados que movimentou fotos interessantes. “Fomos surpreendidos positivamente com as belas imagens recebidas e ficamos desde então instigados com a possibilidade de realizar uma ação como esta”, conta a coordenadora.
O Concurso se estruturou em sete categorias que puderam demonstrar os diversos segmentos de abrangência do uso da bicicleta no Brasil. A categoria Cicloativismo, teve como primeiro colocado o ciclista Douglas Oliveira Júnior. Ele conta que a imagem foi feita durante uma Massa Crítica do Dia Mundial Sem Carro em 22 de setembro de 2012, em Curitiba -PR. “Esse momento aconteceu quando um ônibus biarticulado tentou furar o comboio de ciclistas que já durava alguns minutos passando por ali, era muita gente e mesmo assim o motorista forçou passagem, mas não conseguiu porque todos começaram a gritar para ele parar. Nessa hora nosso amigo simbolicamente segurou o ônibus com as mãos para que todos passassem em segurança”. Ele afirma que sempre teve muito orgulho da foto, porque os motoristas colocam os ciclistas em perigo nessas ocasiões e ali o personagem representou a força de toda a massa crítica num simples gesto.
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